domingo, 6 de novembro de 2011

Beijing ou Peking?


Estive, pela primeira vez, em Beijing em agosto deste ano (já faz algum tempo, mas não consegui postar antes). Foi minha primeira vez na China.  Para os apressados e que não lêem até o fim:  Não sei se gostei ou não. Em todo caso, tive uma recepção calorosa: todos os dias acima de 35oC e com bastante umidade. 
Foi muito pouco tempo para conhecer. Cheguei num sábado à tarde e fui para a Coreia na 3a-f, no final da tarde. Segunda e terça foram todos tomados em reunião.
Sábado estava cansado do longo vôo. O serviço da Emirates é muito bom, mas não há como esconder o cansaço de uma viagem com uma primeira parte de vôo com 14 horas de duração, quatro horas de conexão e mais oito horas de vôo. Se não bastasse, são 11 horas de diferença no fuso horário.
Domingo foi o único dia com possibilidade de passear. A Cidade Proibida é muito maior que pensava. Um conjunto de 20 palácios, com vários edifícios auxiliares.  Muito interessante ver o conjunto e imaginar a vida que tinham. É meio decepcionante não poder entrar em qualquer um deles. Pelas janelas, pode-se observar alguns aposentos. Pouca coisa restou … 
Também parece estranho não haver áreas verdes. Há apenas um pequeno bosque já na saída, mas parece mais relacionado com a área de serviço ou estalagem. 


O outro ponto que chama a atenção, mas não somente na Cidade Proibida. é a enorme multidão. Com mais de um bilhão de habitantes no país, não podia ser diferente. O metrô sofre deste mal: sempre cheio. É meio confuso, porém você não pode ser queixar de não ter sido avisado:

Levado por um amigo que já conhecia a cidade, fui ao mercado de pulgas (Panjiayuan). Uma experiência interessante ... para se fazer uma vez na vida. Encontra-se de tudo, cerâmica, pedras, plantas, livros vermelhos e chapeuzinhos a la Mao, jogos de xadrez e mais o que você imaginar. Estive também, pois todos vão, no Mercado de Seda. Foi uma experiência que pretendo não repetir nunca na minha vida. Se a 25 de março para mim foi uma tortura, este mercado chinês é a quintessência (“A dinamicidade é a propriedade mais atraente da quintessência.”). Horrível é pouco para designar a experiência. Como sempre, há um lado bom: reforçou muito a minha aversão a compras.

Sobre a comida não vou me estender muito. A comida oriental não é a minha preferida. Tive, por questão do trabalho, uma série de almoços de boa qualidade. Vários pratos em pequena quantidade e nenhum deles acompanhado de arroz. O arroz é o último prato e é servido sozinho. Até agora não entendi bem (e fiquei com vergonha de perguntar) o porque disto. Duas opções: 1) o arroz é a grande estrela e encerra a refeição; 2) se você não gostou dos outros pratos pode matar a fome comendo arroz, que todo mundo gosta.
Já havia comido alguns patos a Pekin e gostava. Nesta viagem, soube que nunca havia comido pato a Pekin. O verdadeiro é muito bom. A parte forte do pato é a pele bem crocante, a carne do pato é praticamente secundária. A melhor parte é a pele do peito. Toda a pele é servida em fatias pequenas que devem ser reunidas com alguns temperos que são servidos já cortados em tirinhas (alho  e cebolinha, por exemplo) e embrulhadas numa panqueca. Depois pode ser imergir no molho e comer. A melhor parte da comida para mim. Foi muito bom no Beijing Da Dong Kaoya Dian (há endereços em 3 locais da cidade e é barato).
Pode parecer estranho, mas comi num restaurante brasileiro em Beijing. Não costumo fazer isto. Prefiro provar a comida local, porém tudo tem limite. Comi muita comida chinesa e tinha muito boas indicações do restaurante. Fui ao Alameda (Chaoyang, Sanlitun Beijie (entre Sanlitun Xiwujie & Sanlitun Xiliujie; telefone 86 10 64178084). Na verdade é um restaurante internacional e tem comida muito boa. Foi ótimo ter ido para variar o gosto da comida. 
Há muito pretendia ir à China. Fui a Beijing apenas e estou sem pressa de ir lá de novo. Uma viagem mais calma para outras cidades pode ser algo a se pensar.


Um comentário:

  1. Barral, gostei muito do artigo!
    Não sei se terei oportunidade de conhecer a China, mas suas impressões serviram para atiçar um pouco mais a curiosidade sobre o lugar.
    Abraço, Emilia

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