Estive, pela primeira vez, em Beijing em agosto deste ano (já faz algum tempo, mas não consegui postar antes). Foi minha primeira vez na China. Para os apressados e que não lêem até o fim: Não sei se gostei ou não. Em todo caso, tive uma recepção calorosa: todos os dias acima de 35oC e com bastante umidade.
Foi muito pouco tempo para conhecer. Cheguei num sábado à tarde e fui para a Coreia na 3a-f, no final da tarde. Segunda e terça foram todos tomados em reunião.
Sábado estava cansado do longo vôo. O serviço da Emirates é muito bom, mas não há como esconder o cansaço de uma viagem com uma primeira parte de vôo com 14 horas de duração, quatro horas de conexão e mais oito horas de vôo. Se não bastasse, são 11 horas de diferença no fuso horário.
Domingo foi o único dia com possibilidade de passear. A Cidade Proibida é muito maior que pensava. Um conjunto de 20 palácios, com vários edifícios auxiliares. Muito interessante ver o conjunto e imaginar a vida que tinham. É meio decepcionante não poder entrar em qualquer um deles. Pelas janelas, pode-se observar alguns aposentos. Pouca coisa restou …
Também parece estranho não haver áreas verdes. Há apenas um pequeno bosque já na saída, mas parece mais relacionado com a área de serviço ou estalagem.
O outro ponto que chama a atenção, mas não somente na Cidade Proibida. é a enorme multidão. Com mais de um bilhão de habitantes no país, não podia ser diferente. O metrô sofre deste mal: sempre cheio. É meio confuso, porém você não pode ser queixar de não ter sido avisado:
Levado por um amigo que já conhecia a cidade, fui ao mercado de pulgas (Panjiayuan). Uma experiência interessante ... para se fazer uma vez na vida. Encontra-se de tudo, cerâmica, pedras, plantas, livros vermelhos e chapeuzinhos a la Mao, jogos de xadrez e mais o que você imaginar. Estive também, pois todos vão, no Mercado de Seda. Foi uma experiência que pretendo não repetir nunca na minha vida. Se a 25 de março para mim foi uma tortura, este mercado chinês é a quintessência (“A dinamicidade é a propriedade mais atraente da quintessência.”). Horrível é pouco para designar a experiência. Como sempre, há um lado bom: reforçou muito a minha aversão a compras.

Sobre a comida não vou me estender muito. A comida oriental não é a minha preferida. Tive, por questão do trabalho, uma série de almoços de boa qualidade. Vários pratos em pequena quantidade e nenhum deles acompanhado de arroz. O arroz é o último prato e é servido sozinho. Até agora não entendi bem (e fiquei com vergonha de perguntar) o porque disto. Duas opções: 1) o arroz é a grande estrela e encerra a refeição; 2) se você não gostou dos outros pratos pode matar a fome comendo arroz, que todo mundo gosta.
Já havia comido alguns patos a Pekin e gostava. Nesta viagem, soube que nunca havia comido pato a Pekin. O verdadeiro é muito bom. A parte forte do pato é a pele bem crocante, a carne do pato é praticamente secundária. A melhor parte é a pele do peito. Toda a pele é servida em fatias pequenas que devem ser reunidas com alguns temperos que são servidos já cortados em tirinhas (alho e cebolinha, por exemplo) e embrulhadas numa panqueca. Depois pode ser imergir no molho e comer. A melhor parte da comida para mim. Foi muito bom no Beijing Da Dong Kaoya Dian (há endereços em 3 locais da cidade e é barato).
Pode parecer estranho, mas comi num restaurante brasileiro em Beijing. Não costumo fazer isto. Prefiro provar a comida local, porém tudo tem limite. Comi muita comida chinesa e tinha muito boas indicações do restaurante. Fui ao Alameda (Chaoyang, Sanlitun Beijie (entre Sanlitun Xiwujie & Sanlitun Xiliujie; telefone 86 10 64178084). Na verdade é um restaurante internacional e tem comida muito boa. Foi ótimo ter ido para variar o gosto da comida.
Há muito pretendia ir à China. Fui a Beijing apenas e estou sem pressa de ir lá de novo. Uma viagem mais calma para outras cidades pode ser algo a se pensar.
Barral, gostei muito do artigo!
ResponderExcluirNão sei se terei oportunidade de conhecer a China, mas suas impressões serviram para atiçar um pouco mais a curiosidade sobre o lugar.
Abraço, Emilia