segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

O Apalpador - O Papai Noel galego


A figura acima, feita por Leandro (e vista aqui) é d'O Apalpador.

Sobre a Apalpador:
Texto acima do A Gentalha do Pichel (aqui).

De O APALPADOR PERSONAGEM MÍTICO DO NATAL GALEGO A RESGATE por José André Lôpez Gonçâlez (aqui):

"O dia 31 de Dezembro baixa à noitinha das alturas da sua escura morada nas espessas devesas para visitar os meninos. Chega quando os pequenos estiverem durmidinhos e apalpando-lhes a barrriguinha, por ver se estão cheios ou têm fame diz, no caso de estarem fartos: «Assim, assim estejas todo o ano», deixando-lhes uma mão-cheia de castanhas. No caso de terem fame ele cala embora, também os agasalhe com uma pressada do fruto do castanheiro.
Pela excitação da chegada do Apalpador e os presentes, as crianças não podem dormir e bolem. Para lhes fazerem sossegar, os velhos cantavam-lhes as cantigas que vem:
Vai-te logo meu ninim/nininha, 
marcha agora pra caminha. 
Que vai vir o Apalpador
a palpar - che a barriguinha.
Já chegou o dia grande, 
dia do nosso Senhor. 
Já chegou o dia grande, 
E virá o Apalpador1.
Manhã é dia de cachela2
que haverá gram nevarada 
e há vir o Apalpador
c ́uma mega3 de castanhas.
Por aquela cemba
já vem relumbrando
o senhor Apalpador
para dar-vos o aguinaldo.
(Amadora de Galego†, camponesa, 79 anos, Romeor de Caurel, recolhidas em Dezembro de 1994).
Agora traz brinquedos em lugar de castanhas, que os tempos cambiaram, mas não a função."


Depois de algum tempo esquecido, O Apalpador retomou suas andanças galegas:
Veja o texto:
"Em 2006 um trabalho de José André Lôpez Gonzâlez, publicado polo PGL, resgatava do esquecimento o Apalpador, personagem mítica da cultura popular galega para a quadra natalícia. Já no passado ano a Gentalha do Pichel chamou a atençom para a recuperaçom de facto dessa figura, e neste pretendem dar mais um pulo fazendo com que ela volte à rua.
Destarte o Apalpador, até agora sepultado por figuras importadas pola uniformizaçom cultural e polo formato consumista do Natal de hoje, sairá à rua em rondalha, trará presentes para os meninhos e meninhas do País, e deixará carvom na porta das casas de tantos indesejáveis, inimigos da nossa língua e cultura.
Da Gentalha fam questom em lembrar que o Apalpador tem especial gosto polos presentes manufacturados artesanalmente, dando mais valor ao carinho que ao dinheiro, e pedem para que este importante labor de recuperaçom das nossas festas populares conte com o apoio dos centros sociais e o movimento associativo da Galiza.
Por isso, do Centro Social compostelano já editárom um cartaz explicativo e já começárom os preparativos para o regresso do Apalpador às ruas galegas, com o intuito de recuperar o Natal galego e, ainda, afastar-nos um bocadinho da voragem consumista dessas datas." (aqui).
e continua em 2013:
"O Apalpador

O Apalpador visita toda a Galiza

Quinta, 19 Dezembro 2013 00:00


PGL - Mais um ano, o Apalpador desce das montanhas do Courel e visita a Galiza inteira. A seguir damos algumhas referências para as pessoas interessadas em conhecer os primeiros destinos do gigante carvoeiro. Já fôrom confirmadas visitas do personagem do Natal galego às cidades de Ferrol, Santiago de Compostela, Lugo e Vigo e nom se descarta que nos vindouros dias conheçamos mais destinos." (aqui)

domingo, 22 de dezembro de 2013

As melhores propagandas recentes de Natal

Estas foram as melhores que vi. Apple já uso e fiquei com votade de voar WestJet (no Natal, pelo menos!).


Apple






WestJet

domingo, 17 de novembro de 2013

Sing Miller does exist!

Não estava louco ao falar sobre Sing Miller no post sobre o Preservation Hall in NOLA (aqui). Para evitar uma consulta psiquiátrica, Aldina localizou o LP comprado há tanto tempo! Foto acima.
Agora falta conseguir digitalizar as músicas para ouvi-las na era digital.

Duas coisas:
O LP foi mesmo autografado.
No CD comprado nesta viagem de 2013 (The Best of Early Years Preservation Hall), há uma música por Sing Miller (Nelly Gray).


quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Tax free USA

Eu nunca havia ouvido que há devolução de imposto aos viajantes nos EEUU, mas há. Ou melhor, pelo menos na Louisiana há.
A primeira vez que soube da détaxe foi em Paris. Se um turista compra algo que será usado no exterior pode ser ressarcido de (parte) do imposto pago. A loja emite um documento a ser mostrado juntamente com o produto no aeroporto no momento do embarque para o exterior. Após o que o recurso é devolvido. Depois, vi o mesmo mecanismo na Espanha. De algo semelhante nos EEUU, não tinha notícia.
A Lousiana tem Tax Free Shopping. O mecanismo é simples (como se esperaria dos EEUU). Necessário mostrar:
Passaporte com visto e carimbo de entrada;
Cópia da passagem ida e volta (com permanência não superior a 90 dias);
O original dos recibos e voucher emitido na loja de venda.
A Macy’s faz o reembolso na hora (cobrando uma taxa, logicamente). Basta ir até Consumer’s Office com os documentos e você já sai com cash. Eles fazem este serviço para todas as lojas participantes e não somente para as compras da Macy’s. Este ponto é importante: nem todas as lojas participam do programa.
Na verdade se tiver o itinerário da viagem (impresso) ou o crachá de uma conferência eles aceitam e fazem a cópia lá mesmo.
Se o recibo for original eles a Macy’s faz o voucher, se o recibo for cópia, é necessario trazer o voucher da loja participante. 
A Macy’s mantém um posto de atendimento no Louis Armstrong International Airport e também é possível obter o reembolso pelo correio.
Não vi nada disto em NYC. Deve existir em outros Estados, mas não tenho conhecimento.

Eppur si muove!

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

New York - Trattoria e espresso

Tive uma boa experiência na Trattoria dell’Arte (7a Ave entre 56th e 57th St; defronte ao Carnegie Hall). Lógico que a comida é italiana, a mais frequente em NYC. Muito boa a comida, serviço atencioso e preços honestos. Gostei dos aspargos com buratta de entrada e da lasanha de 101 folhas de principal (ou Appetizer e Entrée à americana). O tiramisu é MUITO bom! ("de toda la vida”) e uma porção que é quase um almoço. 
Até o espresso é bom na Trattoria (curto e em xícara pré-aquecida) o que não é o costume nos EEUU, NYC incluída. O espresso nos EEUU vem em volume exagerado (e não muito concentrado) e colocado num recipiente desproporcionalmente grande para o volume, o que esfria o café antes que se consiga tomá-lo. Melhor não tentar tomar café e aproveitar o coffee.

Desde a primeira vez que estive nos EEUU entendi que café e coffee não são a mesma coisa. Após tentar várias marcas de café e várias concentrações das marcas mais promissoras, constatei que é impossível preparar café com o pó elaborado para coffee. Passei a tomar coffee como uma bebida distinta do café. Na verdade, cheguei a gostar, e mesmo sentir falta, de coffee. Os bons coffees são uma boa bebida. Quando os americanos começaram a provar outras formas de café, o coffee começou a ser designado de “americano" para distingui-lo do espresso e outras bebidas derivadas do Coffea arabica. O espresso preparado nos EEUU começa a sofrer um processo de diluição semelhante ao coffee, de tal maneira que o espresso dos EEUU não é mais o espresso e pode ser tomado frio (uma propriedade importante do coffee). Ou seja, o “espresso americano” não é mais espresso, com o agravante que manteve o nome italiano, o que confunde. Teria sido melhor que o designassem “express”.

sábado, 2 de novembro de 2013

New York: José Bonifácio e produtos de beleza

Andando no parque ao fundo da Biblioteca Pública deparo-me com uma estátua em tamanho natural de um personagem antigo. Gravado na pedra de sustentação o nome “Andrada” chamou-me a atenção. É mesmo o José  Bonifácio de Andrada e Silva e a estátua foi uma doação do Brasil em 1953. As inscrições identificam Bonifácio como “Statesman, Scientist, Author" Esta é a primeira vez que vejo a estátua, ou melhor que lembro de havê-la visto. Posso tê-la visto antes e nem lembrava. 
Uma outra visão do Brasil tive na CVS: Brazilian Keratin Therapy, vi produtos com Açai também, mas não os fotografei. Para o pessimista, baixamos muito o nível em relação à visão de Bonifácio. Para o otimista, a inovação tecnológica começa a dar frutos no Brasil. Escolha seu lado.


O que fazia na seção de produtos de beleza? Exercia a segunda atividade mais praticada por brasileiros nos EEUU: Buscava encomendas. A atividade mais frequente, lógico, é realizar as próprias compras.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

New Orleans, God save BLACK America!


De NOLA a lembrança mais presente era o Preservation Hall. Havia estado aqui em 1981 e gostei muito da apresentação dos velhinhos tocando jazz tradicional. Piano, cello, bateria, clarineta, pistom e sax tocado por seis vovôzinhos negros.  Ao final da apresentação, até comprei um LP de "Sing" Miller, que participava da banda na época. Ouvi muito o disco de Sing Miller, com seu jeito bem peculiar de cantar. Antes do desaparecimento do LP, gravei em fita. (Numa viagem de carro de Ilhéus para Salvador, com meu pai, era a única fita que tínhamos para ouvir. Sing não caiu no gosto do velho Affonso e após tocar a fita uma vez, desliguei e conversamos um bocado. Esgotados os assuntos, ficamos calados um tempo e a viagem demorava num fusquinha. Do nada, meu pai fala “Bota aquele cara prá cantar de novo”. A monotonia venceu a resistência à voz rouca de Sing). Nunca encontrei um CD Sing Miller para comprar, mesmo tendo procurado muito. Foram várias as tentativas na Silver Platter em Seattle em 1991, ninguém o conhecia. Acho que cheguei a digitalizar o LP mas não o encontro na biblioteca do iTunes. Deve haver se perdido … Não localizei Sing Miller na Apple Store. Pode ser que seja pelo meu acesso limitado à Apple Store Brasil (não entendo muito bem estas peculiaridades da Apple como a de ter acesso limitado às lojas dos outros países).
Lógico que voltei ao Preservation Hall. O ambiente continua como me lembrava, nada mudou … como era de se esperar pelo nome do local. A banda continua com piano, cello, bateria, clarineta, pistom e sax, agora tocados por tiozinhos (o baterista era, com certeza, mais novo que eu e talvez o sax também) dos quais só três eram negros. Tudo muda.
Ah! Não há discos de Sing para vender no Preservation Hall, mas ele aparece numa foto de uma das composições da banda.

Continua havendo muita música tocada em vários pontos do French Quarter, muita gente turistando e bebendo. As bandas de jazz pelas ruas tem qualidade muito variada mas há bons grupos. Fiquei muito impressionado com uma delas, permaneci um bom tempo no grande grupo de ouvintes que se formou e até gravei um pouco. Sou bem controlado em gastos, mas dei uma boa contribuição. O lema é correto: "The more you pay, the better we play".




Prestou atenção na menina da bateria?

A tela do vídeo não aparece completa no post, se quiser ver toda a tela (mesma duração) vá até o Youtube (aqui).

terça-feira, 29 de outubro de 2013

New Orleans, welcome back

Muitos anos depois da primeira visita, retornei a New Orleans (NOLA). Havia estado aqui para o Congresso da Sociedade Americana de Medicina Tropical em 1981. Retornei agora (2013) para um congresso da Sociedade de Administradores de Ciência. Nem imaginava, em 1981, que esta sociedade existia. Participei dando uma conferência: “An Overview on the Brazilian landscape on Higher Education, Science and Technology”. Em 1981, durante o pós-doutorado no NIH, fiz uma apresentação oral sobre um trabalho de esquistossomose “mekongi" em pacientes do Laos emigrados para os EEUU. Não tenho apresentado dados de trabalho cientifico em congressos nos EEUU e deu até vontade de voltar a um congresso por aqui. Um congresso em Seattle seria uma boa oportunidade de rever a cidade.
Estive somente no French Quarter, pois o congresso foi num hotel na Canal Street. A cidade estava animadíssima no sábado à noite e já no clima do Halloween. Passei algumas vezes em frente ao SuperDome. Os Saints ganharam o jogo lá no domingo de abertura do congresso (jogar ao meio dia me pareceu exótico, mas foi o que aconteceu). A vitória se somou ao  clima de Halloween para deixar a cidade bem agitada no domingo. Nesta área não vi os efeitos do Katrina. Talvez já tenha sido recuperado todo o  dano. 
A comida continua boa, pelo menos para quem gosta de comida bem temperada e apimentada (não é a toa que a Louisiana é a terra do Tabasco). Voltei a comer Gumbo e o Po Boy de camarão e a exagerar no café da manhã com eggs, bacon, biscuit .… O Omni Royal Crescent Hotel onde fiquei (535 Gravier Street) tem um buffet de café da manhã que além disto tem scones, bagels, doughnuts etc. 
Ainda sobre comida, perto do hotel há um local simples que estava sempre com espera, tanto no café quanto no almoço. Esta é uma indicação segura de boa comida. Experimentei o Red Gravy e não me arrependi, muito boa  a comida. O nome não tem muito a ver com o fato de ser cozinha italiana, acho eu. Não é uma pechincha, pela simplicidade do local, mas o preço é honesto, pela qualidade da comida.

Para não ficar longo, falarei do jazz no próximo post.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Cidade do México, mais uma vez


Estou em New Orleans, mas me obriguei a escrever antes mais uma viagem relâmpago à Cidade do México.
Há alguns anos estive na Cidade do México, na ida para um congresso em Mérida. Foi uma visita interessante, gostei da cidade, mas não cheguei a ficar impressionado. Lembro bem do Museu Nacional de Antropologia e da Catedral. Boa comida mexicana e excelente tequila são, também, boas lembranças.
No ano passado tive uma reunião de um dia na Cidade do México e num hotel perto do aeroporto. Nem vi nem senti nada da cidade. 
Esta visita em outubro foi também muito curta e a trabalho. Cheguei numa 3a-f de manhã e na 5a-f de noite viajei de volta. Ambos os dias trabalhando, se vi algo foi porque o hotel ficava em pleno zocalo. Na verdade não vi muito, é mais para registrar a boa impressão sobre o Museu da Medicina (a reunião promoveu um jantar lá).
O prédio (foto ao lado) originalmente da Inquisição, passou pelo exército e depois à Faculdade de Medicina. Hoje só há aulas de história da medicina. Está bem organizado e, embora não tenha material muito antigo, mostra uma preocupação de registrar a evolução da medicina no país. Senti falta da medicina asteca, nada de antes da influencia europeia. 

Na verdade, senti falta de México na Cidade do México:
  • não consegui comprar uma guyabera decente (tive pouco tempo para procurar, mas visitei três casa de camisas na hora do almoço e na que vi guyaberas eram impossíveis de comprar);
  • as fajitas servidas no almoço pareciam feitas nos EEUU;
  • não consegui comida mexicana no aeroporto, todas os lugares de comida eram cadeias americanas.

!Pobre Mexico, tan lejos de Dios y tan cerca de Estados Unidos!

A foto abaixo é a visão de manhã da vista do meu quarto para a praça do Zocalo, e a mesma vista à noite está acima do post.


segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Salvador em 1949


Muito interessante o filme sobre Salvador pelo Ministério da Educação e Saúde, com direção de Humberto Mauro.

Veja aqui.

"Sinopse/Enredo:
Os lugares históricos e a geografia da cidade de Salvador. A orla oceânica, a Cidade Alta e a Cidade Baixa, e as edificações da época colonial. Os fortes de Santo Antônio da Barra, com o seu farol, e os de Santa Maria, de São Diogo, de São Paulo e de São Marcelo, todos com seus antigos arsenais. O Museu Militar e a praia do Porto da Barra, antigo ancoradouro da Vila Velha de Caramuru. Tomada geral da Baía de Todos os Santos e dos casarios, edifícios, igrejas e construções recentes. Ruas, vias e ladeiras próprias da topografia acidentada da cidade. O Elevador Lacerda e o serviço de funicular, opções de transporte entre as partes baixa e alta de Salvador. A avenida Sete de Setembro, via central na cidade. O movimento da região central: bondes, ônibus, automóveis, pedestres, edifícios e estabelecimentos comerciais. A região conhecida como "Baixa dos Sapateiros" e o comércio atacadista na zona antiga da Cidade Baixa. Edifícios públicos como o da Prefeitura, o Palácio Rio Branco e o Palácio da Aclamação, residência oficial do Governador. O Monumento ao 2 de Julho, em honra aos heróis da independência. Associações esportivas, o Iate Clube da Bahia, localizado na Praia da Vitória, e bairros residenciais com casas modernamente planejadas. O Paço Episcopal, sede dos serviços do Arcebispado Primaz do Brasil. As fachadas do Solar do Conde da Ponte e do Solar do Conde dos Arcos, mostrados também em fotografias. As pinturas e a sepultura de D. Catharina Alvares de Paraguassu na Igreja da Graça. No Terreiro de Jesus, outrora colégio jesuíta, a Catedral Basílica do Salvador, onde repousa os restos mortais do Governador Mem de Sá. No Convento do Carmo, destaque para a riqueza do altar, da sacristia, dos sacros objetos e da decoração barroca. A Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, templo erguido pelos comerciantes em homenagem à santa. A suntuosidade do Convento de São Bento, seus ambientes internos, mobiliário e a capela de São Bernardo com objetos e ex-votos. A Basílica do Bonfim: aspectos de sua arquitetura, a imagem do Nosso Senhor do Bonfim e a visitação de pessoas na sala de milagres, com destaque para a grande quantidade de quadros e ex-votos. As instalações, pinturas e relicários dos históricos conventos da Lapa, do Desterro e de Santa Teresa, que abriga o seminário da Bahia. A Capela do Eremitério Beneditino da Ponta de Montesserat, que preserva a escultura "São Pedro arrependido", de Frei Eusébio da Soledade. A igreja de São Domingos com sua decoração do século XVIII. Locais históricos como as escadarias da Igreja do Passo; a Igreja de São Pedro dos Clérigos; a Igreja da Boa Viagem; a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar; o Largo do Pelourinho; a Capela do Nosso Senhor dos Aflitos; e a Igreja de Santo Antônio da Barra. O Convento de São Francisco e sua rica decoração e arte sacra barroca; as esculturas de "São Pedro de Alcântara", de Manuel Inácio da Costa, e de "Santo Antônio de Arguim", trazida da África; a biblioteca e as cerâmicas portuguesas no claustro do convento; e sua esplendorosa fachada barroca. Pessoas em parques com áreas verdes e banhistas na Lagoa do Abaeté. Embarcações atracadas em ancoradouro. O artesanato baiano vendido na feira de Água dos Meninos - com destaque para a cerâmica Maragogipe. E os pescadores com suas jangadas no litoral baiano."

domingo, 3 de março de 2013

Helsinque me atrai


Há coisas que você nunca imagina fazer e há cidades que você nunca pensa em visitar. Helsinque esteve nesta lista para mim. Nunca havia pensado em visitá-la. 
Em 2006, numa viagem a trabalho tive uma passagem breve por Helsinque. Era setembro, um pouco frio e nada me fazia prever que retornaria por lá. Não faria planos para tal nos próximos 100 anos. Nada contra cidade nem o povo. Cidade e povo meio retraídos, mas agradáveis.
Em 2011, retornei de novo para um reunião em março. Ao fazer conexão na Alemanha já não havia neve e o tempo estava bem razoável. Helsinque não falha, no quesito neve. A foto mostra quanto de neve ainda estava acumulado na cidade. Para completar os anfitriões organizaram um jantar num simpático restaurante numa cidade antiga perto de Helsinqui. Os campos ao redor todos cobertos de neve. A cidadezinha com ruas estritas não dava acesso ao ônibus. Paramos fora e foi uma andada em ruas com sal e gelo. O restaurante no topo de uma ladeira me fez ter certeza que cairia na ida ou na volta. Como não esperava tanta neve e também que ficaria somente em Helsinque, estava com um sapato de sola de couro. Não caí, e voltei a acreditar em milagre. Ao deixar Helsinque, pensei: o raio caiu duas vezes no mesmo lugar, não deve retornar mais por aqui.
Em 2012, estava de volta a Helsinque. Outra viagem rápida e a trabalho. O sistema educacional finlandês, altamente reconhecido pela qualidade, era importante para adicionar ao programa Ciência sem Fronteiras. Era maio e pequei uns dias ensolarados, os melhores que lembro em Helsinque. Reuniões produtivas, como sempre, e nada de conhecer a cidade, embora fosse a terceira viagem não visitei qualquer local da cidade em qualquer das viagens. Não foi falta de interesse e sim falta de tempo. Pelo menos sempre fui a bons restaurantes. Nesta viagem fui ao Kappeli, que tem uma ótima sopa de salmão e excelente prato de peixe. Para ter uma idéia da dificuldade da língua vejam (foto acima do post) que a palavra para sorvete de leite de cabra em bolo esponjoso tem quatro vogais tremadas. Devo esclarecer que todos falam bom inglês e o ensino desde a graduação tem aulas em inglês (língua na qual os estudantes brasileiros do Ciência sem Fronteiras estudarão. Nem me preocupei em pensar quando retornaria, pois estava seguro que havia sido a última vez. 
Acabo de voltar de Helsinque pela quarta vez em fevereiro (2013). Fui para reuniões, visitas e participar de um simpósio sobre o Ciência sem Fronteiras. Voltei a ver o mar congelado, algo que só vi por lá. Voltei a comer no Kappeli e voltei a ter reuniões  objetivas e produtivas. Agora que tudo começa a se repetir, acho que não retornarei por lá.
Para dar uma idéia de como estava a neve em toda a cidade, coloco uma foto feita da Embaixada do Brasil. Toda a cidade tinha pelo menos a mesma quantidade de neve. Na verdade, a cidade sempre tem neve nesta época, pois a temperatura só passa de zero ao final do inverno.

Vejam que Helsinque me atraiu apesar de mim mesmo. 

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Ranking de segurança de companhias aéreas

A JACDEC (Jet Airliner Crash Data Evaluation Center) é uma empresa alemã que trabalha, como o nome indica, em dados de segurança de companhias aéreas. O site Terra divulgou hoje o ranking recente elaborado por eles com 60 companhias aéreas internacionais:

"levantamento da Jacdec, consultoria alemã que acompanha todos os acidentes aéreos que ocorrem no planeta. 
...
O estudo estipula um índice no qual zero representa total segurança. A TAM teve média 1,077 - apenas melhor que a da taiwanesa China Airlines (1,171). Já a Gol recebeu 0,790. A melhor avaliada, a finlandesa Finnair, teve índice 0,005.

Os números são calculados a partir dos acidentes ocorridos nos últimos 30 anos, relacionados com a quilometragem já voada e o número anual de passageiros de cada empresa. 
Confira as 15 empresas melhores colocadas e as 15 piores, a partir do índice de segurança de 2012:

1. Finnair (Finlândia) - índice 0,005
2. Air New Zealand (Nova Zelândia) - 0,007
3. Cathay Pacific (Hong Kong) - 0,007
4. Emirates (Emirados Árabes Unidos) - 0,008
5. Etihad Airways (Emirados Árabes Unidos) - 0,008
6. Eva Air (Taiwan) - 0,009
7. TAP (Portugal) - 0,009
8. Hainan Airlines (China) - 0,010
9. Virgin Australia (Austrália) - 0,010
10. British Airways (Reino Unido) - 0,011
11. Lufthansa (Alemanha) - 0,011
12. All Nipon Airlways (Japão) - 0,012
13. Qantas (Austrália) - 0,012
14. JetBlue Airways (Estados Unidos) - 0,013
15. Virgin Atlantic (Reino Unido) - 0,015
...
46. Asiana (Coreia do Sul) - 0,188
47. Japan Airlines (Japão) - 0,201
48. China Southern Airlines (China) - 0,204
49. Iberia (Espanha) - 0,222
50. SAS (Suécia) - 0,278
51. SkyWest Airlines (Estados Unidos) - 0,282
52. South African Airways (África do Sul) - 0,287
53. Thai Airways (Tailândia) - 0,316
54. Turkish Airlines (Turquia) - 0,524
55. Saudia (Arábia Saudita) - 0,544
56. Korean Air (Coreia do Sul) - 0,642
57. GOL Transportes Aéreos (Brasil) - 0,790
58. Air India (Índia) - 0,931
59. TAM (Brasil) - 1,077
60. China Airlines (Taiwan) - 1,171"

Texto completo aqui.