segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Andaraí, com Igatu e Poço Azul. Chapada Diamantina, Bahia.


A cidade de Andaraí não chega a merecer uma visita, mas no município há pontos interessantes para visitar. Estivemos em Andaraí numa 2a-f e a cidade estava bem animada com uma feira movimentada, mas nada chamou a atenção.

Igatu 
Iguatu é chamada por alguns como a Machu Picchu brasileira mas isto é um exagero. As aparências são bem superficiais: ambas ficam em montanhas e ambas têm ruínas. As diferenças são importantes: Machu Picchu é o século XV e tem uma altitude de 2.400m e Iguatu do século XIX numa altitude de 800m. Sem falar que as paredes das construções de Macchu Pichu estão bem mais conservadas. 

Sem levar em conta a comparação com Machu Picchu, tivemos duas boas experiências por lá e ambas com o mesmo nome: o distrito de Igatu e o restaurante Água Boa. É que Iguatu é água boa, em tupi.
O vilarejo merece a visita a despeito da dificuldade de acesso. A partir da saída na BA asfaltada são  7 km de estrada de pedra em subidas e descidas algo tortuosas.

A pequena vila (com 376 habitantes, segundo Néu) tem uma aparência calma e uma arquitetura interessante. As vistas são bonitas, com visão para o vale ao fundo. O lugar que nos pareceu mais interessante foi o das ruínas da época do garimpo. Há várias construções com paredes de pedra sem argamassa semi destruídas. Estivemos lá na 2a-f e o Museu estava fechado e não tivemos perna para ir até a Rampa do Caim.

O restaurante Água Boa, em Igatu, é ótimo. Comemos o Godó de entrada e estava muito bom. O Baião de Dois, com carne de sol e pirão de leite, muito bem feito além de bastante farto. A carne poderia ser menos passada (lembre de pedir isto). A batida de mangaba com cachaça Abaíra é ótima.
O atendimento de Neu é 10. Simpático e eficiente!

Poço Azul
O Poço Azul é muito bonito e tem um acesso relativamente fácil. São 8 km de acesso em estrada de terra a partir da saída da estrada estadual para Nova Redenção. O acesso ao poço propriamente dito é relativamente fácil, não muito íngreme e com degraus e corrimão.

sábado, 27 de dezembro de 2014

Lençóis, Chapada Diamantina - Bahia


É inacreditável, até para mim mesmo, que um baiano venha pela primeira vez à Chapada somente aos 61 anos de idade. A sensação de perda de oportunidade é ainda maior ao conhecer um pouco a região. A Chapada (com área semelhante à dos Países Baixos) tem uma geografia muito variada, com vegetação distinta em cada área e com muitos pássaros. O que mais atrai atenção são as inúmeras quedas d’água, cachoeiras e grutas nos seus morros.

Lençóis
Lençóis preservou uma boa parte da arquitetura do período da garimpagem, provavelmente em decorrência do rápido declínio econômico. A cidade hoje tem um economia quase totalmente dependente do turismo. A influência é tão forte que o comércio fecha à tarde até às 16’00 e depois permanece aberto até bem mais tarde que o horário comercial usual. Isto decorre da presença maciça dos turistas visitando atrações naturais fora de cidade durante o dia.

Há ruas bastante animadas e numerosas lojas de artesanato e bons restaurantes.

Estalagem do Alcino
A Estalagem é um excelente lugar para ficar em Lençóis e explorar a Chapada Diamantina. A casa é moderna mas reproduz o casarão que desabou no local. A decoração é muito interessante e eclética, com peças feitas pelo próprio Alcino, incluindo muitos azulejos decorados nos banheiros, por exemplo.
As grandes atrações da Estalagem são o próprio Alcino e o café da manhã:
Alcino é um artista muito atencioso com os hóspedes e conhece bastante a região, pelo que faz indicações ótimas para excursões, assim como boas sugestões de restaurantes na Chapada.
O café da manhã é o mais sofisticado e variado que já experimentei em qualquer lugar. Uma enorme oferta de frutas, bolos, geleias e outras guloseimas muito bem feitas. Como requinte extra, muitos produtos variam a cada dia (tomamos quatro desjejuns e houve novidades em todos eles). Tudo servido “quentinho" à medida que se consome.
Os móveis são antigos o que confere um charme extra. Há quartos com banheiro completo e ar condicionado com bastante conforto. 
Considerei um ponto muito positivo não haver televisão e telefone nos quartos. Também muito simpático é ter um filtro de barro com água fresca para uso dos hóspedes no andar de cima.
Se voce tem limitação de movimentos, peça previamente um quarto no andar de baixo. A escada de metal, em estilo antigo, não é das mais fáceis de usar.

Soy Libre  
Alugamos um carro na Soy Libre. Ficar com o carro dá muita liberdade na escolha dos passeios e no ritmo das visitas. O dono da locadora, Eduardo Guimarães, foi muito simpático e eficiente e, além disto, é um bom guia na região. Conhece bem e não é “invasivo”.
Por uma taxa adicional, ele levou o carro até o aeroporto e nos acompanhou até lá no retorno. 
O aeroporto merece um comentário adicional. Só há sinal para telefonia celular da Vivo e é intermitente, nem sempre funciona. Quanto às outras operadoras, nada de sinal. Assim, não deixe para fazer contato a partir de lá e nem confie em consultas pela internet das suas reservas. Uma velha e boa cópia em papel das suas reservas é uma boa medida.

Casa da Geleia
A Casa da Geleia (na Pousada Casa da Geleia, ao lado da Estalagem) vende uma grande variedade de geleias feitas com muito esmero por Lia, e oferece "provas" dos diversos sabores. Gostamos bastante. Quem gosta de pimenta (forte) não pode perder a geleia de pimentas (pois é feita com uma mistura de diversas pimentas). Lia entende bem de pimenta!

Restaurantes
Comemos bem em Lençóis, o nosso preferido foi o Cozinha Aberta. Ainda ficaram para uma próxima vez dois restaurante bem recomendados: O Bode e o Absolutu (escrito assim mesmo).

Cozinha Aberta
Tivemos uma excelente experiência no Cozinha Aberta. O menu oferece boas opções com uma mistura bem interessante de receitas da cozinha europeia com ingredientes regionais.
A entrada de Batata da Serra serviu para revelar um ingrediente local muito saboroso. Batata comida sem cozer, com azeite e sal. 
O prato de massa de arroz com camarão fresco e legumes estava excelente! Bem temperado e muito saboroso. (Para quem não tem hábito de pimenta, deveria estar um pouco forte neste aspecto).
O sorvete de chocolate com toque de pimenta também é muito bom.
Voltamos lá (nos 4 dias que ficamos na região) e comemos a Roupa Velha que é uma versão moderna e sofisticada da velha receita caseira. Muito bom também.

Restaurante Azul no Hotel Canto das Águas em Lençóis
O restaurante fica no Hotel Canto das Águas, com acesso aberto a não hóspedes, e as mesas da varanda ficam à beira do rio: uma corredeira com água corrente garante o canto prometido.
A comida é adequada, porções generosas e alguma criatividade nas receitas, embora nada excepcional. A apresentação dos pratos deixa a desejar.
Carta de vinhos reduzida e com preços um pouco acima do esperado para a qualidade.
O atendimento é bom. O pessoal é bem capacitado e muito simpático. Tivemos atendimento de Elvis que realizou um bom atendimento com muita simpatia.

Natural (Rua das Pedras) sanduíches e crepes
Uma lanchonete e creperia bem pequena, na Rua das Pedras, com produtos de boa qualidade e bem preparados. O chocolate em barra elaborado por eles é muito bom. 

sábado, 18 de outubro de 2014

Campo Grande

Acho que foi minha primeira visita a Campo Grande e foi a trabalho. Há vários pontos positivos na cidade:
pessoal muito simpático;
cidade arborizada e com parques bem amplos;
ruas largas e com trânsito que flui.
Estes aspectos no são triviais para uma cidade com cerca de 850.000 habitantes.

Não tive tempo de visitar nada, mas a pessoa que me levou à reunião foi simpática a ponto de fazer pequenos desvios para mostrar algumas coisas da cidade.

Fazia um calor muito grande quando cheguei à noite, no dia seguinte estava infernal. 
Só ao final de tarde melhorou ao cair uma tempestade.

Casa do Peixe

Rua Dr. João Rosa pires, 1030Campo Grande

Um restaurante sem muita sofisticação mas com uma boa variedade de peixes bem preparados.
O buffet de saladas e acompanhamentos é razoavelmente limitado. 
Os peixes são servidos em rodízio e são bem saborosos.
Serviço ruim, demorado e sem muita atenção ao cliente, embora os garçons tentem ser simpáticos quando aparecem.

Restaurante Navarro
R. Dom Aquino, 2055 - Amambai, Campo Grande
Um bom restaurante para um almoço simples. Funciona em regime de buffet com muitas opções de comida. 
A parte de salada e frios é bem variada e tem pão caseiro e pita. Nos pratos quentes há peixe, frango e carne. Eu só provei o frango (com quiabo) que estava muito saboroso).
O ponto forte são as sobremesas, apresentadas em porções bem pequenas o que permite provar uma variedade delas.
Eu voltaria com gosto.

Novotel Campo Grande
Não deveria haver muito a dizer de um Novotel, afinal o aspecto forte das cadeias é a previsibilidade. 

O problema é que há muito a dizer:
O hotel está em reforma e isto não é avisado na reserva;
O local do café da manhã é muito pequeno para o numero de mesas o que causa circulação muito difícil;
Os móveis na recepção e no local do café são velhos e sujos;
Problema na atribuição dos quartos: uma pessoa, que estava na mesma reunião que eu, encontrou uma pessoa no quarto que lhe havia sido atribuído; na segunda noite, no meu quarto havia um chocholate e uma carta de boas vindas para um casamento do qual eu no era convidado.

O meu quarto não teve outros problemas, como limpeza (outras pessoas se queixaram também disto) nem funcionamento dos aparelhos, wifi (lento, mas funciona) e banheiro.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Montreal no final de setembro


Mais uma passada rápida para deixar as anotações de restaurantes e hotel em Montreal. Passagem rápida para uma reunião de trabalho.
Montreal não é a cidade dos meus sonhos, mas também não é um pesadelo. Tem um ar meio fake em tudo, mas a parte histórica tem edifícios bonitos.
O clima estava bom, sem muito frio neste final de setembro e começo de outubro, e as árvores com lindas cores outonais.


Café Pavé 
243 Notre-Dame O., Montreal
Bons sanduíches em ambiente rústico
Uma boa surpresa o Café Pavé, em ambiente em rústico, a oferta de sanduíche é sofisticada. Eu escolhi o Pavé Buenos Aires e achei excelente. A carne não é a melhor do mundo, mas o pesto e o restante do tempero o tornam um dos melhores sanduíches que já comi. A salada que escolhi como acompanhamento também estava muito boa.
Não é o local mais barato do mundo: o sanduíche com uma taça de vinho tinto da casa custaram 22 CAN. Bem, Montreal não é mesmo barata e Vieux Montreal menos ainda.

Bistro Modavie
1 Rue St. Paul Ouest, Montreal
Boa comida e jazz em Montreal
Havia estado para almoço no bistro há alguns anos e resolvi voltar na minha primeira viagem de novo a Montreal. Um ponto positivo lembrar do local após alguns anos;
O restaurante estava bem cheio, com muito locais. Só tinha a opção de jantar no balcão do bar, como já faziam outras pessoas, e resolvi ficar. Outro ponto positivo para o bistro.
A experiência voltou a ser boa de novo. Ambiente sem muita sofisticação, mas com bom serviço e boa comida. No jantar ainda há uma vantagem adicional, jazz ao vivo. Quando fui, uma segunda-feira, havia uma dupla de violão e voz com muito boa escolha de repertório.
Pedi o Steak and frittes que estava muito bom e uma taça de Pinot Noir da Africa do Sul que também foi bem honesto.
Recomendo!

Vieux Port Steakhouse
39 rue Saint-Paul Est, Montréal.
Não recomendo!
Um restaurante ENORME, com muitas mesas para grupos grandes. Isto já é um sinal para ter cuidado. A cozinha costuma não ser bem cuidada nestes espaços muito grandes.
A minha experiência confirmou o sinal: comida sem muito gosto e serviço muito fraco. 

Restaurant Papillon
85, rue St-Paul Est
Uma boa opção de comida boa em ambiente simples
Não havia tido indicações do restaurante. Procurava algo para comer na Vieux Montreal e acabei entrando no Papillon. Pensei tratar-se de um restaurante italiano, pois indica “Pasta and Pizza” mas a aparência do ambiente é de um restaurante fast-food de cadeia americana. Esta decepção é ainda maior quando se observa uma mesa sem toalha e guardanapo de papel (sem muita qualidade). Como havia olhado o Menu fora, sabia que serviam várias opções de culinária francesa. Acabei ficando.
A sopa de tomate como entrada estava boa e o coelho em molho de maple com amêndoas, me agradou bastante.
Os preços não diferem dos restaurantes do local (bem turístico). O serviço foi muito bom, atento e com muita simpatia.

Hotel Nelligan
Bom hotel com excelente atendimento
O Nelligan é muito bem situado na Rua St-Paul Ouest, a rua das galerias de arte e de bons restaurantes e bem perto do Palácio dos Congressos. Dá para visitar todo o Vieux Montreal e ir até downtown a pé.
O hotel é bem confortável, com quartos espaçosos e bem equipados. O serviço é um dos pontos altos do hotel. Pessoal profissionalmente atencioso.

Não é um hotel barato, mas o preço é comparável a outros da área, que é bem turística.

sábado, 27 de setembro de 2014

Uma semana em Londres

Só para registro de hotel e local de comer.

Denise's restaurante
79 Southampton Row
Restaurante simples com comida decente. Restaurante com comida da Gascogne. Todas as moças que servem tem sotaque francês. O cardápio tem uma mistura européia, com pratos franceses e italianos.
Nada especial. Pedi o Agneau  du Chef (22 esterlinas) que estava saboroso, macio e bem temperado.

Taylor Walker A real English pub
Um bom pub tradicional. Cheio de locais no final da tarde.
Comi a Steak and ale pie" com uma Cask ale 1730" e gostei das duas.

Thai Square Convent Garden
thaisq.com
166 Shaftesbury Ave
Talay Krata Ron (Sizzling Seafood) Um excelente prato de frutos do mar Stir fried com lemon grass, acompanhado por arroz com coco. O defeito foi não ter o gosto picante prometido.
A Cerveja Singha acompanhou bem.

La Porchetta em Holsborn
33 Boswell St www.laporchetta.net
Ambiente simples de cantina. Atendimento familiar.
Pedimos bruschettas cássicas de entrada que estavam boas mas não especiais.
Eu como o Linguine com frutos do mar que estava muito bom. Bastante frutos do mar, incluindo camarões grandes, mexilhões, anéis de lula. Tudo bem temperado e com o linguine saboroso e no ponto certo.
O Barolo DOCG Lá Cacciatora 2008 é bom, mas por 35 esterlinas foi caro para a qualidade.
O Tiramisu é especial. O proprietário, que serviu nossa mesa, modestamente o qualifica como o melhor de Londres. Não posso fazer muita comparação, mas é muito bom mesmo.

Grange Holborn Hotel
Hotel muito bem localizado (dá para andar até Convent Garde, Museu Britanico, por exemplo) e perto da estação Holborn da Central Line o que é uma vantagem para se locomover.
A entrada e a portaria não impressionam mas os quartos são muito bons e amplos. Fiquei num quarto com duas camas de casal, sofá, mesa e apoio para a mala. O guarda roupa amplo e com tábua e ferro de passar roupa.
O banhiero é bem amplo e moderno e tem o conforto adequado.
Higiene muito boa.
Não chega a ser barato (220 esterlinas/noite).

Paris em setembro


Estive em Paris em setembro, o que é sempre bom e tive muita sorte de durante toda a semana fazer um tempo fantástico, nem frio nem quente e sem chuva.
Não tenho tempo para escrever algo mais elaborado, mas deixo o registro de onde comi.

Uma boa opção simples
L'Atelier Aubrac, no Boulevrad Garibaldi, foi uma grata surpresa. Não tinha qualquer indicação mas gostei do jeito ao passar na porta.
A salada de croutard de maçã com queijo de cabra estava muito boa se entrada. Depois uma
Blanquette de veau à l'ancienne muito bem feita.
O serviço não compromete, foi um adolescente que parecia nos estágios iniciais do ofício, mas tudo funcionou bem. Os preços bem honestos para a qualidade dos produtos.
Não faria um grande desvio para voltar, mas poderia comer lá de novo com prazer.

Boa opção perto do Pasteur
Le Toucan é um restaurante mais arrumado que um Bistrot tradicional e com boas opções de comida.
Eu gostei do prato de crevetes com arroz à espanhola (embora não tenha visto nada muito parecido na Espanha, parecia uma Paella  só com os vegetais). No almoço de um dia quente em Paris ele ficou bem com uma cerveja leve de trigo.
O serviço é atencioso e eficiente e os preços bem razoáveis.

Hotel simples mas confortável e bem localizado
O Nouvel Hotel Eiffel é uma opção barata no 15eme, perto do Institut Pasteur (menos de 10 minutos a pé). Além disto, fica muito perto de uma estação de metrô, o que sempre da boa mobilidade em Paris.
A portaria não é muito confortável, se precisar esperar, mas o serviço é amistoso e eficiente. Os quartos não são pequenos para o padrão parisiense e têm conforto razoável. Controle da temperatura do quarto, banheiro novo e limpo, um pequeno guarda roupa e uma mesa também pequena. Não sei se o meu quarto é o padrão de todo o hotel no tamanho.
No meu quarto havia apenas uma tomada, perto da porta. Nenhuma próxima da mesa ou da cama.
Tudo funcionou bem.

Boa comida da Alsacia
O Café-restaurante La Forge é uma taverna simples com cozinha da Alsacia. Nada fantástico, mas decente.
Pode ser uma boa alternativa para quem está com saudade de comer uma pizza e não quer dizer que comeu pizza em Paris. A pizza alsaciana é muito parecida com as pizzas simples e se chama Flammekueche. Comer Flammekueche já parece mais turístico. A original é de presunto e cebola numa massa bem fina. Eu fui na que adiciona queixo e é uma pizza muito boa para quem gosta de massa bem fina e crocante.
Há pratos da culinária francesa tradicional também.

Bom steak haché
Está em Paris há alguns dias e deu vontade de comer um hambúrguer? Ao mesmo tempo como confessar?
Pode ser em dois estágios, primeiro não denominar hambúrguer já que os franceses disfarçam-no como steak haché. Segundo, não comer num fast food.
Lá Duchessa oferece esta oportunidade com uma variação a L' italienne. Outro, desde o pão, é feito no restaurante. O hambúrguer é saboroso e vem coberto com uma fatia de queijo de cabra  e com uma boa porção de rúcula, alface e tomate seco. Muito bom! Vem acompanhado de uma porção de fritas muito bem feitas.

Foto própria, na rua do hotel.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Passeio a Punta del Este

Anotações sobre uma visita de domingo a Punta del Este, passando por Piriapolis e Punta Ballena.

Piriapolis 
balneário na direção de Punta del Este mas as praias são ainda no Rio da Prata. 
Cerca de 1 hr de MVD, 100km por uma boa autopsia. 

Um balneário interessante com casas grandes antigas com muito estilo. Um hotel grande e antigo (Argentino Hotel) no estlo dos hotéis europeus do inicio do Sec XX. 
A enseada principal é bonita. A foto acima é desta enseada feita no Cerro San Antônio. 

A passagem foi muito rápida em Piriápolis. Passamos de carro e só saltamos no Cerro San Antonio.
Cerro de San Antonio (à esquerda)


Casa Pueblo em Punta Ballena
Casa e atellier de Carlos Paez Vilarós, pintor, muralista e escultor uruguaio (faleceu em fev 2014) 
Localizada na escarpa de Punta Ballena muito grande, sem linhas retas e com vários detalhes interessantes. 
Num auditório aconchegante com cadeiras de alvenaria se passa um curto sobre a vida de Vilarós narrada por ele mesmo. Foi um artista de esquerda que viajou o mundo todo. Desde jovem ligado à cultura negra e que morou em vários países africanos nos anos
1960. 


O ponto fraco da visita a Casa Pueblo é que se vê muito pouco da parte interna. Poucas salas está disponíveis para visita, essencialmente para venda de reproduções, livros etc. 


Comemos MUITO bem em Punta del Este no Lo de Tere (Rambla del Puerto c/ Calle 21, Punta del Este; Tf. (00 598 42.44.04.92). O carpaccio de
polvo que dividimos na entrada estava delicioso. 
Camila e Aldina pediram chipirrones acebolados que estavam ótimos. Eu fui de Black crab, um ravioli com tinta de polvo na pasta e recheado com siri e servido em caldo de camarão acompanhados por alguns camarões. Recomendo fortemente, um dos melhores pratos que já comi. 
O Sauvignon Blanc da Juan Carrau bem resfriado e acompanhou perfeitamente a entrada e o prato. 
Sobremesa Don Quijote y Sancho Panza tb muito boa. Brownie com creme de chocolate e sorvete de limão. 

Na praça onde há o mercado de artesanato não encontramos nada que merecesse atenção. Peças meio toscas e que podem ser encontradas quas em todo lugar. O mais típico são as cuias de mate e as garrafas térmicas pequenas e finas que os uruguaios usam em todos os lugares para prepara-lo. São vendidas em pares
e com estojos de couro. Mas a quem dar um presente deste na Bahia?



domingo, 20 de julho de 2014

Montevidéu em julho

O blog ficou meio esquecido, e graças a Camila, relembrei durante a viagem a Montevidéu.

Vim para trabalhos que temos em colaboração com o Instituto Pasteur de Montevidéu, mas neste blog não falarei deste assunto. Vou falar, principalmente da experiência gastronômica por aqui.
Foram 4 dias de trabalho e muito comida. 

Se você gosta muito de churrasco, Montevidéu é o seu destino! A cidade tem cheiro de parrillada em cada esquina. Tive sempre boas experiências com as carnes, saborosas, macias e rugosas (mal passadas).

Os locais jantam muito tarde para os padrões brasileiros, se aproximam mais dos espanhóis. Chegar no restaurante às 20’00 é para comer sozinho, ou, na melhor hipótese, com outros brasileiros. Os uruguaios chegam após as 22’00 ou 22’30 (com crianças).

Pegamos um período agradável no inverno. Durante alguns dias com 17o a 18oC e à noite de 8o a 12oC, sem chuva.

Como curiosidade, vejam que os uruguaios estão muito interessados em propriedade intelectual. Já têm até patente de cachorro (foto ao lado).



Restaurantes
Uma boa experiência na Parrillada Trouville (Chucarro 1037, entre Marti y Av. Brasil, Montevideo 113000). Pedimos de entrada uns chipirrones (txipirrones, no cardápio) acebolados, que estava excelentes.  De prato principal, pedimos a picanha de cordeiro e bife ancho. Cada um gostou do seu prato. O bife ancho mal-passado estava MUITO bom!  De vinho um Tempranillo-Tanat da bodega Bouza e foi uma experiência também muito boa, e o preço foi uivo razoável (490 pesos uruguaios ou pouco mais de R$50,00). O vinho não é tão encorpado mas sem acidez e com excelente retrogosto. A Bodega Bouza é sempre uma opção segura.  Preços muito honestos para a qualidade da comida e do vinho. O dono, Sr, Francisco, é muito simpático e apareceu ao final para saber como tinha sido a refeição. É um uruguaio que divide seu tempo entre Montevidéu e SP, onde também tem uma parrillada. A Trouville é uma séria opção a considerar para uma boa carne. 

A visita ao Mercado del Puerto em Montevidéu é interessante, comer por lá talvez não seja a melhor opção. No El Palenque (Perez Castellano 1579; Ciudad Vieja) há sempre muita gente, o que costuma sinalizar bom restaurante, mas compromete um pouco o serviço. No nosso casso, o garçom era atencioso mas passava sempre "voando" com tantas mesas para atender.
A entrada de txipirrones, com cebola e champignon, estava deliciosa. Pedimos uma paella (após jantar numa parrilada na véspera, queríamos variar um pouco). A paella, estilo valenciana, estava decente mas não era a "paella de toda la vida".
O Pinot Noir Reserva da Luigi Bosca acompanhou bem.

Uma maravilha para os chocolátras! Após almoçar no Palenque do Mercado del Puerto, encontrei por acaso a loja do Volverás a Mi (Perez Castellano 1461). Um café acompanhado pelo chocolate lá foi um excelente complemento. Provei o chocolate recheado com um creme com vinho Tanat, que foi muito bom. Comprei uma caixa para levar.

A cidade tem muitas opções de cozinha italiana. Gostamos bastante do Mamma Nostra (Coronel Mora 451 esq Joaquin Nuñez). A casa ofereceu uma entrada de bruschetas básicas de boa qualidade. O meu raviolone com queijo e bondiola me agradou muito. Foi bom para variar de tanta carne (embora agora também sirvam parrilada, segundo anunciam - deve ser difícil um restaurante sobreviver em MVD sem servir parrillada). Um serviço simpático, embora um pouco lento.

Já no almoço seguinte, estava de novo na carne. Ótima experiência na Cantina del Puertito (Zorrilla de San Martin 176 Entre Tabare y Parva Domus, Montevideo, perto do Punta Carretas Shopping), um local simples mas com comida muito boa, serviço eficiente e o mais simpático da cidade. A casa ofereceu uma pizza brotinho como cortesia de entrada, com boa qualidade e massa bem crocante. Gostei bastante do Entrecote com fritas, carne muito boa, macia e jugosa, uma das melhores que provei. Gostei também do Tanat (2011) da vinícola Pisano, um Reserva Personal de la Família (RPF), recomendado na carta. 

Hotel
Fiquei no Punta Trouville Apartments (Francisco Vidal 726, Montevideo 11300), um hotel simples, bem localizado. Pontos positivos e negativos, como quase todos:
Bons:
Ótima localização em Pocitos: Fácil acesso dali para o centro e Cidade Velha. O Punta Carretas Shopping fica bem perto também. Rua tranquila, a uma quadra da rambla e perto de vários restaurantes, mercadinhos, farmácias e casa de cambio;
Facilidade de pequena cozinha no quarto: Para estadias longas é interessante ter equipamentos úteis para refeições rápidas;
Limpeza muito boa;
Portaria atenciosa,
embora com toques bem amadores para indicações na própria área de Pocitos. Não conhecem os restaurante mais afamados da área e o mapa que fornecem não tem o nome das ruas, por exemplo;
Café da manhã bem sortido com muita variedade e de qualidade. O local é pequeno, na hora do pico precisa esperar par ter vaga.
Ruins:
Mobilidade: Vá com mala leve. O hotel tem escadas já entrada. Não há rampa nem ajuda para pegar as malas;
Elevador: Escadas para chegar até o elevador que é um só o que leva a certa espera em horários de maior movimento;
Banheiro: pequeno e sem local para colocar os apetrechos.

Cidade
Visitei poucos lugares e não fiquei muito impressionado. A Praça mais famosa, a Independência é uma praça ampla e histórica, mas descaracterizada pelos vários estilos de construção coexistentes. No lado oposto ao prédio mais bonito da praça, fica o edifício mais feio de todo o Uruguai (imagino que não podem existir mais feios que este). Quem é se Salvador, este prédio aqui parece o Themis da Praça da Sé, e ainda maior, o que só aumenta o aspecto desagradável. O próprio prédio da Presidência é de pouco estilo. O Teatro Solis, reformado recentemente, vale uma visita.

El Mercado del Puerto é uma experiência interessante e muito parecido com outros mercados como o de Santiago. Muitos restaurantes e muitíssimos turistas. 

Câmbio

O câmbio estava a 1R$=9,35 e 1USD=22,89.

Devo postar mais uma ou duas notas sobre MVD.